Técnicos da APPA avaliam a utilização de drones para pulverização UBV
Campos de Holambra (SP) – A tecnologia de aplicação de insumos por drone desponta como uma das soluções para a cadeia produtiva do algodão. Pelo menos é o que a equipe técnica da Associação Paulista de Produtores de Algodão (APPA) observou, no último dia 27, durante vôo demonstrativo realizado numa das propriedades do Grupo Barreiro, no município de Itapeva (SP).
A apresentação do projeto foi realizada CEO da startup Anáhata Serviços Agronômicos, a engenheira agrônoma Regina Hakvoort, que coordena o desenvolvimento de projetos com drones e agricultura 4.0. Utilizando uma aeronave XAG, que é adaptada para pulverização agrícola e líder no mercado chinês, ela fez simulações de aplicação com a tecnologia de Ultra Baixo Volume (UBV) para culturas de algodão.
Operacional
Na demonstração, chamou a atenção dos produtores e técnicos da APPA a operação, feita através de um aplicativo de celular, que permite alterar comandos em vôo, tais como velocidade aplicação, tamanho de gotas, entre outros. Duas pessoas conseguem efetuar a pulverização com até 5 drones simultaneamente, sendo que cada aeronave perfaz uma cobertura de aplicação de até 10 metros (algumas experiências alcançaram 12), com distribuição homogênea das gotas (com atomizadores) e a utilização de 560 ml/ha de e um rendimento médio de 40ha/hora.
Outros pontos observados foram a autonomia e a segurança das aeronaves. Em média, as baterias são recarregáveis e contam com durabilidade de 9 minutos, sendo necessário 25 minutos para a recarga completa, através de um gerador acoplado a um veículo ou ponto de energia elétrica. As aeronaves são dotadas de sensores anticolisão, todavia, é necessário a instalação de uma torre RTK no local da operação.
Custo-benefício
Antes do vôo demonstrativo, lâminas de vidro foram distribuídas pela área, permitindo aos técnicos da APPA e produtores comprovar a eficácia da aplicação. A despeito da ausência de vento, considerando que a operação seja realizada com ventos de 3 a 18km/h, a coleta foi classificada como “excelente” pelos técnicos da APPA.
Ainda não foi possível analisar o custo-benefício da aplicação, vez que a empresa deve formular uma proposta visando a realização de testes para pulverização em bordaduras para combate ao Bicudo, já na safra 2020/2021. Todavia, em relatório, os técnicos da APPA avaliaram positivamente a tecnologia, especialmente por ser UBV e aplicável em outras culturas, além do algodão.
Da Assessoria de Comunicação | APPA