APPA vê aumento de produtividade e qualidade como oportunidades para o algodão paulista
A reunião da Câmara Setorial de Algodão e Derivados, ocorrida na manhã da última segunda-feira (23), via digital, fez uma nova avaliação dos impactos da Covid-19 e confirmou as expectativas de que o Brasil reduzirá sua área plantada de algodão no ciclo de plantio 2020/2021, deixando de plantar aproximadamente 200 mil hectares da fibra, face aos 1,6 milhões do ciclo 2019/2020, representando uma redução na ordem de 12% na área plantada.
Para o presidente da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (APPA), Peter Derks, as incertezas quanto aos rumos da pandemia Covid-19, que afetou frontalmente a cadeia produtiva do algodão, e os bons preços futuros de soja e milho, fez com que muitos produtores tivessem mais cautela na decisão sobre o que plantar. “Em São Paulo, por exemplo a colheita da safra passada ocorreu no momento mais crítico da pandemia, nos meses de abril e maio, assustando o produtor com a paralisação dos mercados”, enfatizou.
Regular Oferta
A exemplo dos demais representantes dos cotonicultores da Câmara Setorial Algodão, o presidente da APPA entende que a redução da área plantada será importante neste momento, para a regulação da oferta do produto no mercado. Com estimativa de plantar 6.550 hectares da fibra, grande parte dos produtores paulistas devem reduzir a área plantada, todavia, apostam na otimização dos índices de produtividades e na certificação ABR e na qualidade da fibra como diferenciais para atender as demandas de qualidade do mercado.
Qualidade
Dentro da missão de incentivar a cotonicultura no Estado, a APPA acredita que o algodão produzido em São Paulo, especialmente em regiões que desenvolvem sistemas produtivos tecnificados, a fibra alcance níveis internacionais de produtividade e competitividade. “Na última safra, mais de oitenta por cento do algodão produzido no estado alcançou ‘micronaire’, cumprimento da fibra e resistência acima dos padrões de mercado e esses números podem crescer ainda mais no próximo ciclo, juntamente com a produtividade, em decorrência da melhoria contínua da tecnologia utilizada pelos produtores. Isso pode ser um diferencial", ressalta Derks.
Da Assessoria de Comunicação | APPA